Introdução
Bandagem Funcional – aspectos teóricos
David Thompson PT, M.Phty (Manip),MCPS,MPCP
www.terapiamanual.com.br
A bandagem funcional é muito útil na prática fisioterapêutica, além de
complementar diferentes abordagens de tratamento
A bandagem funtional tem sido utilizada de várias formas como técnica de tratamento, mas
somente nos últimos 20 anos tem sido usada, principalmente, com uma prática da fisioterapia.
Desde que Jenny McConnell (McConnell, 1986), começou a aplicar clinicamente as técnicas de
bandagem, a quantidade de evidências que comprovam sua eficácia tem crescido
substancialmente.
Novas técnicas de bandagem têm sido desenvolvidas, tais como: bandagem fascial, kinesio taping
e outras técnicas na área esportiva.
A aplicabilidade clínica da bandagem é muito ampla e pode ser usada no tratamento de
disfunções nero-musculoesqueléticas agudas e crônicas em todas as regiões do corpo. Disfunções
articulares, neurais e miofasciais podem ser eficazmente tratadas com o uso de técnicas de
bandagem. Porém, deve-se ter me mente que a bandagem faz parte de uma programa geral de
reabilitação, não o substituindo.
Muitos atletas e fisioterapeutas esportivos usam a bandagem não só para tratamento, como
também, para prevenção de lesões. É muito comum a aplicação de bandagem, por exemplo, em
atletas antes de participar de seu esporte. A bandagem funcional não é indicada exclusivamente
para atletas ou esportistas pois havendo indicação pode ser aplicada desde pessoas mais jovens até
as de idade mais avançada.
Como qualquer outra técnica de tratamento, o uso da bandagem somente será eficaz quando
precedida por uma avaliação cuidadosa, por meio do raciocínio clínico e reavaliações contínuas.
Bandagem Funcional – Fundamentação Biomecânica
A bandagem funcional produz seus efeitos por meio de mecanismos neurofisiológicos e
biomecânicos. Há evidências que comprovam ambos e é imprescindível que o fisioterapeuta
que utiliza essa técnica conheça esses mecanismos.
Biomecânica
O uso da bandagem para tratar lesões agudas, crônicas ou por overuse somente será bem sucedido
se o fisioterapeuta tiver diagnosticado corretamente o problema do paciente e tiver um bom
conhecimento da biomecânica das estruturas envolvidas. As assunções referentes a qualquer
intervenção biomecânica devem ser baseadas na curva carga/deformação, a qual enfatiza as
propriedades mecânicas de todos os tecidos no corpo humano. Cada tecido, quando sujeito a uma
carga, irá alterar/deformar-se como resultado. Quando a carga é muito grande e/ou aplicada de
forma muito rápida e/ou prolongada, o tecido entrará em sobrecarga.
Clinicamente, quando a taxa de sobrecarga exceder a habilidade do tecido em se adaptar e
cicatrizar, ocorrerá a lesão e dor. Uma técnica de bandagem apropriada tem o objetivo de alterar
determinados parâmetros de aplicação e distribuição de forças para prevenir a sobrecarga do
tecido.
Figura 1 Curva carga / deformação
Os objetivos da bandagem funcional são:
-
Corrigir a biomecânica de uma articulação ou tecido, por exemplo: bandagem patelo- femoral;
-
Comprimir uma lesão recente para reduzir o edema, como por exemplo na técnica de basketwave;
-
Limitar movimentos articulares não desejados, por exemplo: bandagem para IMD da articulação glenoumeral;
-
Facilitar o processo de cicatrização sem estressar as estruturas lesadas, tais como: bandagem para aliviar a carga sobre a gordura retropatelar no joelho.
-
Proteger ou dar suporte às estruturas lesadas numa posição funcional durante os exercícios de reabilitação, de alongamento e proprioceptivos. Ex: Técnica de bandagem para o LCM.Interpretação ClínicaDe forma simples, a abordagem biomecânica da bandagem tem por objetivos:
Identificar os tecidos excessivamente estressados, por meio de uma avaliação subjetiva e
física;
-
Determinar se a condição presente ou a lesão está relacionada à alguma anormalidade biomecânica;
-
Intervirparaaliviarasobrecargaouestressedotecidoefacilitararesoluçãodossintomaseda patologia.Indicações para a Bandagem Funcional
Lesõesporoveruse; Algumaslesõesligamentaresagudas; Condiçõesrecalcitrantes/estágiocrônico;
1. Lesões por Overuse
Uma lesão por overuse ocorre quando uma estrutura é exposta à forcas repetidas além da
capacidade da estrutura lidar com essas forças (Stanish, 1984). Alguns exemplos de lesões por
overuse no membro inferior são: fratura por estresse, síndrome palelo-femoral, tendinite patelar,
fasceite plantar, tendinopatias de Aquiles, etc.
Lesões por overuse geralmente têm início insidioso (gradual) e requerem informações adicionais
com relação aos fatores predisponentes:
(A) Erro de treinamento
(B) Equipamento
(C) Ambiente
(D) Biomecânica
(Lysen, Ostyn et al. 1989) realizaram durante um ano um estudo de acidente e tipos de lesões por
overuse e encontraram que os fatores intrínsecos (ao atleta) de predisposição das lesões por
overuse são:
Características físicas, principalmente fraqueza muscular, frouxidão ligamentar, rigidez
muscular, intensificado por peso excessivo e comprimento corporal, como também, pelo
desalinhamento dos membro inferiores.
Características psicológicas foram mais um indicador de predisposição para problemas agudos
do que por overuse (falta de cautela, lábil, instável psicometricamente ou ansioso).
A Classificação das lesões por overuse é importante porque fornece uma orientação para o
tratamento e prognóstico da lesão. Os graus de lesões por overuse são (Brukner and Khan 2002):
-
(i). Dor somente após atividade
-
(ii). Dor durante e após atividade + sem deficiência funcional significante
-
(iii). Dor durante e após atividade + deficiência funcional significante
-
(iv). Dor a todo momento + deficiência funcional significante
-
Algumas lesões ligamentares agudas
-
Bandagem para favorecer a cicatrização tecidual numa fase inicial;
-
Bandagem para proteger a cicatrização tecidual durante o retorno acelerado ao esporte.
-
-
Condição recalcitrante /estágio crônico
-
Auxilia na biomecânica correta;
-
Possível indicador diagnóstico;
-
Reeducação espinhal/escapular
-
-
“Alterações de forças e estresse na descarga de peso, como resultado de mecanismos não ideais,
levarão à fadiga muscular e, consequentemente, à alterações nos tecidos moles, como também, à
sobrecarga anormal de estruturas ósseas e articulares. O delicado equilíbrio entre o ciclo de
substituição e reabsorção do processo de remodelação em curso normal é perturbado e, como
resultado, o tecido começa a ser lesionado, primeiro em nível microscópico e então se o
problema progride, em nível macroscópico. O corpo responde a este insulto com um processo
inflamatório de baixo grau de cronicidade e uma tentativa de cura é realizada.. Esta tentativa de
cura não é bem-sucedida se a atenuação e resolução do estresse anormal não é melhorada. Isso
é muitas vezes feito com uma combinação de descanso, terapia local e correção mecânica.
(Vicenzino 1996)”.
Bandagem Funcional – Um embasamento neurofisiológico
Tratamento de dor e patologias pelo sistema nervoso central
O tratamento com a bandagem funcional, assim como a terapia manual foram investigados por
seus mecanismos biomecânicos, entretanto parte do sucesso com estes tratamentos vem da
influência que os mesmos produzem nos sistemas nervoso central e periférico.
Uma apreciação dos meios pelos quais a bandagem produz seus efeitos irá permitir ao clínico
usá-la de maneira mais apropriada como tratamento. Usar a bandagem estritamente por seus
efeitos biomecânicos irá restringir severamente sua aplicação e negar ao fisioterapeuta e seu
paciente uma grande variedade de bons usos para a mesma.
Existem alguns modelos propostos que tentam explicar os mecanismos da terapia manual além de
seus efeitos biomecânicos. As mesmas conclusões podem ser feitas sobre os efeitos das técnicas
de bandagem. E talvez ainda mais se considerarmos que uma aplicação de bandagem permanence
por períodos maiores do que 24 horas.
O modelo proposto leva em conta a interação entre os sistemas nervoso periférico e central que
participam da experiência de dor. Estudos mediram a associação das respostas de hipoalgesia e
Hipoalgesia
via somação
temporal
atividade simpática com o uso de técnicas manuais o que sugerem um mecanismo de ação
mediado pela substância periaquedutal cinza (Wright, 1995) e a diminuição da somação temporal
após a terapia manual o que sugere um mecanismo mediado pelo corno dorsal da medula
( George et al 2006). Estes achados também podem ser aplicados aos efeitos da bandagem.
Mecanismos periféricos
Lesões musculoesqueléticas induzem uma resposta inflamatória na periferia que inicia o processo
de reparação e influencia o processamento da dor. Os mediadores inflamatórios e os nociceptores
periféricos interagem em resposta à lesão e a bandagem pode afetar este processo. Como
mencionado antes, o efeito mecânico da bandagem pode reduzir a quantidade de edema e pode
portanto reduzir a inflamção mediada pela irritação dos nociceptores periféricos.
Mecanismos espinhais
As técnicas de bandagem também podem exercer seus efeitos modulando a dor em nível
espinhal. Por exemplo, foi sugerido que a bandagem pode agir como um contra irritante. Pickar e
Wheeler (2001) especularam que bombardear o sistema nervoso central com aferências sensoriais
dos proprioceptores musculares pode, através dos mecanismos gatilhos de dor, reduzir a aferência
nociceptiva e, portanto, a dor.
Estudos sobre os efeitos da terapia manual mostraram que um estimulo periférico (terapia
manual, massgem, bandagem, eletroterapia) podem evocar hipoalgesia (Vicenzino et al 2001;
Mohammadian et al 2004., George 2006), mudanças no disparo aferente (Colloca et al 2000,
Colloca et al 2003), mudança na atividade dos núcleos motores e motoneurônios (Bulbulian et al
2002; Dishman and Burke, 2003) e na atividade muscular (Herzog et al 1999, Symons et al
2000). Todos os quais implicam em efeitos mediados pela medula espinhal.
Mecanismos supraespinhais
A literatura sobre dor coloca em relevância a influência poderosa de estruturas supraespinhais na
experiência da dor. As crenças individuais sobre lesão e tratamento, expectativas, placebo e
fatores psicológicos são pertinentes ao sucesso de qualquer intervenção musculoesquelética em
fisioterapia. No contexto da bandagem funcional, a ativação ou uso dos mecanismos
supraespinhais são aumentados pelo clinico através da explicação da eficácia desta aplicação e
encorajamento da realização de exercícios ativos (com a bandagem) logo após a lesão.
Implicações clínicas
O raciocínio clinico é uma parte integral da avaliação e tratamento fisioterapêutico e tem um
efeito significante no resultado final de qualquer intervenção conservadora. Um protocolo tipo
receita no tratamento com a bandagem resultará em um resultado pobre e pouca adesão do
paciente ao tratamento. É portanto essencial que o fisioterapeuta, armado com um conhecimento vasto no uso da bandagem, avalie primeiro o paciente, intervenha com o tratamento, reavalie e
então altere o tratamento conforme a resposta do paciente ao mesmo.
Devido aos efeitos biomecânicos e neurofisiológicos da bandagem, a mesma técnica pode ser
aplicada por razões bem diferentes em diferentes partes do corpo e em estágios diferentes da
recuperação do paciente após uma lesão.
Uma abordagem bem pensada e com bom raciocínio irá resultar numa aplicação muito eficaz.
Entretanto, usar uma bandagem apenas com base na presença de uma certa patologia se mostrará
ineficaz e irá frustrar tanto o clínico quanto o paciente.
Evidências na literatura
A bandagem tem sido alvo de acariação científica e um corpo crescente de pesquisas tem
objetivado investigar os efeitos e o embasamento por trás de sua aplicação.
A literatura sobre a bandagem aplicada ao tornozelo será a principal que abordaremos
considerando que o tornozelo é facilmente estudado por Raio-X, EMG, goniometria e análise
cinética e cinemática.
Prevenir amplitudes de movimento extremas e reduzir o movimento anormal do tornozelo
são o papel mais óbvio da bandagem funcional de tornozelo. Em indivíduos normais a
bandagem foi demonstrada reduzir extremos de movimento depois de 15 minutos de corrida
sobre um percurso em 8 (Laughman et al 1980). Smith et al (2004) usou uma bandagem
antipronação para reduzir a dor da tendionopatia de Aquileu e aumentar a distância da
corrida sem dor. Antes Vicenzino et al (2000) realizou um estudo que mostrou que a
bandagem low dye com seis reverso manteve uma altura navicular vertical aumentada
depois de 10 minutos de corrida.
Deve ser notado destes e outros estudos que os efeitos da bandagem reduzem com tempo e é
esta incapacidade de manter a estabilidade durante todo exercício que levanta a questão
fundamental e propõe teorias alternativas para os efeitos da bandagem.
É bem sabido que McConnell (1986) primeiro descreveu a bandagem funcional patelar como
parte de um programa de tratamento para a síndrome de dor patelo-femoral e teorizou que
isto pudesse alterar a posição da patela, aumentar a ativação do VMO, e conseqüentemente
diminuir a dor. Não obstante está ficando claro da literatura (Callaghan 1997, Crossley et al
2000) que os estudos até agora em pacientes com síndrome de dor patelo-femoral foram
inconclusivos no que tange a melhora da ativação do VMO e realinhamento da posição
patelar pela bandagem. Porém muitos estudos mostraram que a bandagem patelar ajuda a
diminuir a dor em pacientes com sindrome patelo-femoral (Bockrath et al 1993, Cernay
1995 Herrington & Payton 1997, Powers et al 1997, Somes et al 1997) e em osteoartrite
patelo-femoral (Cushnaghan et al 1995) embora o mecanismo para esta melhoria sintomática
permanece obscuro.
Recentemente houve especulação que pode haver um papel mais sutil para bandagem da
patela provendo feedback sensitivo e influenciando o estado propriceptivo e o controle
neuromuscular patelo-femoral. Por exemplo Callaghan et al (2002) mostrou que uma
aplicação simples de uma tira de 10 cm de bandagem melhora significativamente a
propriocepção do joelho. É especulado então que os pacientes com dor patelofemoral
podem ter a propriocepção aumentada depois da aplicação da bandagem e isto pode
explicar a melhoria subjetiva a curto prazo sem qualquer evidência firme no alinhamento da
patela ou no aumento das contrações do VMO.
McCarthy et al (2009) investigou a suposição que a bandagem do músculo vasto lateral
diminuiu a atividade muscular do VL. Eles usaram vinte cinco indivíduos sem patologia de
membro inferior e registraram a atividade de EMG em vários músculos dos membros
inferiores durante o repouso e enquanto os indivíduos subiram escadas. Os resultados
demonstraram que houve uma diminuição significante no EMG do VL ambos durante a
ascensão e descida de escadas tanto com a bandagem inibitória do VL e a controle aplicada
em indivíduo normais.
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