terça-feira, 28 de janeiro de 2014

“Pangarés” não vivem só de sonhos - post Jornal Corrida

“Pangarés” não vivem só de sonhos

abre
Tempo! Quanto tempo? Em 7 semanas temos um coração. Em 40 nos formamos e nascemos. E nossos sonhos? Em quanto tempo eles nascem? Um meu conto a você agora…
Não tenho resultados nem tempos que chamem atenção, talvez porque eu seja o legítimo representante da “turma do fundão”. Sim, faça parte daquele pessoal que completa prova, com a ambulância logo atrás, aquele que os fiscais mais incentivam (para acabar logo e irem embora), e isso não me incomoda. Talvez meu talento seja a persistência ( minha esposa diz “cabeça dura” ), talvez nunca na vida eu suba a um pódio, mas minha motivação é outra, minha motivação é contra meus próprios limites e a curiosidade de até onde posso ir. Engraçado que pessoas com bons rendimentos não têm sonhos, elas tem metas, alvos, objetivos! E quando perguntam para um pangaré como eu, dizem: Paulo, qual seu sonho? Dou risada, me divirto – que preconceito com esse gordinho pangaré aqui! Mesmo assim quero ser um pangaré que sonho  ser um PRO que cumpre metas! (nada contra as metas e os PRO, você me entende certo?!!) .
A maratona realmente é algo mágico e pelo fato de ter sido na Disney acredito que tenha maiores requintes de magia. Chegamos cedo, peguei o ônibus das 3h40 junto com meu amigo MIke, pontualmente as 4h estamos no local da concentração. Estrutura invejável, fantástica! Estava bem frio, não sei ao certo a temperatura, mas tinha visto que ao longo do dia chegaria a 23 graus. O sol nasceria às 7h, então arrisquei e não mudei em nada a roupa que estava  acostumado a treinar, não queira que nada atrapalhasse o que sabia que seria um grande desafio.
Camiseta que mais gostava de correr, short, não coloquei segunda pele nem legging. O frio me incomodava, mas sabia que se eu fosse bem agasalhado depois durante a prova isso me atrapalharia como me atrapalhou na meia de Buenos Aires. Do local onde o ônibus nos deixou fomos em direção às baias. Uma caminhada de aproximadamente 10 minutos, encontrei a minha baia, entrei, olhei, andei para lá e para cá, estava frio. Sentei no chão, coloquei meus fones e tentei relaxar. De repente vejo todos se levantarem subitamente e assim que tiro os fones para entender ouço que cantavam o hino americano. Foi de arrepiar. Logo depois largada de cadeirantes e largada das baias com intervalo de tempo para não “encavalar” os competidores.  Minha programação era usar os 5 km iniciais fossem para aquecimento, pois além do frio,  tive 4 distensões musculares ( 3 panturrilha direita e 1 na esquerda) no segundo semestre de2013. Um dos últimos músculos que aquecem durante a corrida são as panturrilhas e são os primeiros a esfriarem.
Tentei segurar meu ímpeto no início (graças a Deus sou lento por natureza, então foi fácil não ser rápido no início) e manter a concentração, pois distrações não faltam – a prova é extraordinariamente bela. Eu também sabia que o tempo de corte para desqualificar um atleta era altíssimo, se não me engano 9h30 para completar a prova, logo, uma prova ideal para mim!!
Passados os 5 km e tudo bem. Nos 10 km, só alegria; os 15k uma maravilha. Quando cheguei aos 21 km e me sentia bem com a certeza que iria completar; nos 25k me senti o super herói (doce ilusão da endorfina). Aí vieram os 30 km e as dores musculares invadiram como penetras minha linda festa. Na minha cabeça eu dizia: “vamos buscar os 35!” E isso me manteve alerta e focado, nos 35k muito dor na lateral do joelho esquerdo, aproveitei para parar no posto de hidratação, pegar e passar um gel, parecido com  o gelol aqui do Brasil, passei no joelho e me alonguei. Nos 35 estávamos em Hollywood Studios, nem curti muito devido à exaustão. Saindo de lá acredito que tenhamos passado por um resort do Epcot,antes de chegarmos ao Epcot. Nesse resort não volto nunca mais! Primeiro porque deve ser muito caro e segundo foi lá que tive a sensação que meu corpo tinha “apagado”. Difícil explicar. Comecei a caminhar e senti que a dor caminhando ou correndo no meu “pace do elefantinho” era a mesma, então que eu abreviasse logo e fosse o mais rápido!
Ao enxergar o globo do Epcot foi só alegria! Sabia que estava chegando, tinha prometido a medalha para minha esposa e foi isso que me motivou na hora que o corpo “morreu”e a mente entrou em curto. Eu tinha que levar essa medalha. Assim que vi o portal de chegada, comecei a chorar sem controle (já não mandava no corpo fazia tempo mesmo), agradeci a Deus por ter conquistado um dos meus vários sonhos!
Meu tempo? Foram 6h08’28” !! Esse foi meu tempo, minha corrida, padrão pangaré, representando a turma do fundão. Mas esta é a minha história, o meu sonho e sempre serei um pangaré sonhador e com muito orgulho,  sim senhor!
Como diz minha querida amiga Fernanda Ferraresi Fernandes, a FFF: “falta muito para janeiro de 2015?”
TEMPO! Quanto tempo? Em 7 semanas temos um coração. Em 40 nos formamos e nascemos. E nossos sonhos? Em quanto tempo eles nascem? Um meu conto a você agora…
Não tenho resultados nem tempos que chamem atenção, talvez porque eu seja o legítimo representante da “turma do fundão”. Sim, faça parte daquele pessoal que completa prova, com a ambulância logo atrás, aquele que os fiscais mais incentivam (para acabar logo e irem embora), e isso não me incomoda. Talvez meu talento seja a persistência ( minha esposa diz “cabeça dura” ), talvez nunca na vida eu suba a um pódio, mas minha motivação é outra, minha motivação é contra meus próprios limites e a curiosidade de até onde posso ir. Engraçado que pessoas com bons rendimentos não têm sonhos, elas tem metas, alvos, objetivos! E quando perguntam para um pangaré como eu, dizem: Paulo, qual seu sonho? Dou risada, me divirto – que preconceito com esse gordinho pangaré aqui! Mesmo assim quero ser um pangaré que sonho ser um PRO que cumpre metas! (nada contra as metas e os PRO, você me entende certo?!!) .
A maratona realmente é algo mágico e pelo fato de ter sido na Disney acredito que tenha maiores requintes de magia. Chegamos cedo, peguei o ônibus das 3h40 junto com meu amigo MIke, pontualmente as 4h estamos no local da concentração. Estrutura invejável, fantástica! Estava bem frio, não sei ao certo a temperatura, mas tinha visto que ao longo do dia chegaria a 23 graus. O sol nasceria às 7h, então arrisquei e não mudei em nada a roupa que estava acostumado a treinar, não queira que nada atrapalhasse o que sabia que seria um grande desafio.
Camiseta que mais gostava de correr, short, não coloquei segunda pele nem legging. O frio me incomodava, mas sabia que se eu fosse bem agasalhado depois durante a prova isso me atrapalharia como me atrapalhou na meia de Buenos Aires. Do local onde o ônibus nos deixou fomos em direção às baias. Uma caminhada de aproximadamente 10 minutos, encontrei a minha baia, entrei, olhei, andei para lá e para cá, estava frio. Sentei no chão, coloquei meus fones e tentei relaxar. De repente vejo todos se levantarem subitamente e assim que tiro os fones para entender ouço que cantavam o hino americano. Foi de arrepiar. Logo depois largada de cadeirantes e largada das baias com intervalo de tempo para não “encavalar” os competidores. Minha programação era usar os 5 km iniciais fossem para aquecimento, pois além do frio, tive 4 distensões musculares ( 3 panturrilha direita e 1 na esquerda) no segundo semestre de2013. Um dos últimos músculos que aquecem durante a corrida são as panturrilhas e são os primeiros a esfriarem.
Tentei segurar meu ímpeto no início (graças a Deus sou lento por natureza, então foi fácil não ser rápido no início) e manter a concentração, pois distrações não faltam – a prova é extraordinariamente bela. Eu também sabia que o tempo de corte para desqualificar um atleta era altíssimo, se não me engano 9h30 para completar a prova, logo, uma prova ideal para mim!!
Passados os 5 km e tudo bem. Nos 10 km, só alegria; os 15k uma maravilha. Quando cheguei aos 21 km e me sentia bem com a certeza que iria completar; nos 25k me senti o super herói (doce ilusão da endorfina). Aí vieram os 30 km e as dores musculares invadiram como penetras minha linda festa. Na minha cabeça eu dizia: “vamos buscar os 35!” E isso me manteve alerta e focado, nos 35k muito dor na lateral do joelho esquerdo, aproveitei para parar no posto de hidratação, pegar e passar um gel, parecido com o gelol aqui do Brasil, passei no joelho e me alonguei. Nos 35 estávamos em Hollywood Studios, nem curti muito devido à exaustão. Saindo de lá acredito que tenhamos passado por um resort do Epcot,antes de chegarmos ao Epcot. Nesse resort não volto nunca mais! Primeiro porque deve ser muito caro e segundo foi lá que tive a sensação que meu corpo tinha “apagado”. Difícil explicar. Comecei a caminhar e senti que a dor caminhando ou correndo no meu “pace do elefantinho” era a mesma, então que eu abreviasse logo e fosse o mais rápido!
Ao enxergar o globo do Epcot foi só alegria! Sabia que estava chegando, tinha prometido a medalha para minha esposa e foi isso que me motivou na hora que o corpo “morreu”e a mente entrou em curto. Eu tinha que levar essa medalha. Assim que vi o portal de chegada, comecei a chorar sem controle (já não mandava no corpo fazia tempo mesmo), agradeci a Deus por ter conquistado um dos meus vários sonhos!
Meu tempo? Foram 6h08’28” !! Esse foi meu tempo, minha corrida, padrão pangaré, representando a turma do fundão. Mas esta é a minha história, o meu sonho e sempre serei um pangaré sonhador e com muito orgulho, sim senhor!
Como diz minha querida amiga Fernanda Ferraresi Fernandes, a FFF: “falta muito para janeiro de 2015?”
assinaturaPaulo Brasil Júnior é médico, casado, ex-obeso, sonha em ser atleta e acredita que o esporte é uma das bases fundamentais para transformar indivíduos e a sociedade. Em 2014 iniciará sua carreira em provas de longa distância e endurance. Escreve também em seu blog pessoal “De médico, gordo e atleta”.
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O que fazer após uma maratona? qual repouso tomar? quantos dias de repouso?




Pausa pós-maratona: 








descanso de sete dias é 







indicado aos corredores



Depois da prova de 42km, a recuperação deve ser a maior preocupação

Por São Paulo

2 comentários

Eu Atleta Corrida Cansaço Canelite (Foto: Getty Images)Pausa após 42km é essencial Foto: Getty Images)
Depois de meses de treinamento e 42km de corrida, a recuperação deve ser sua principal preocupação. Um dos maiores erros dosmaratonistas está em não darem tempo suficiente de recuperação após terminar umacorrida pesada como a maratona - isso sem contabilizar os meses de treinamento que entraram nesse esforço. O corpo precisa de uma pausa, e o descanso de uma semana é indicado!
Compreensivelmente, para um corredordedicado, tendo um dia forçado, ou mais, uma semana de folga completa, é quase tão agradável quanto uma visita ao dentista para um tratamento de canal. A maioria dos corredores tem um medo irracional e pensam que, deixando de fazer algumas corridas, irão diminuir drasticamente a sua aptidão física.
Além disso, acham que, colocar o seu treinamento em pausa parece contra-intuitivo, pois após uma grande corrida você quer capitalizar sobre a sua aptidão e continuar a estabelecer novos recordes pessoais. Da mesma forma, depois de uma corrida decepcionante, a última coisa em sua mente está em pensar em fazer repouso.
Infelizmente, não tendo tempo suficiente para se recuperar totalmente após uma maratona, muitas vezes o atleta chega ao overtraining e, consequentemente, sofre lesõesDescansarpor sete a dez dias tem pouco impacto negativo sobre a sua forma física atual, e os ganhos a longo prazo superam qualquer redução temporária de condicionamento.
Músculostendõesligamentos e quase todos os sistemas corporais fisiológicos são desafiados quando corremos uma maratona. Não importa se você atingiu o seu objetivo ou se esforçou para caminhar ou correr para finalizar os 42km.
Maratona de São Paulo corrida de rua largada (Foto: Lucas Loos / Globoesporte.com)Recuperação deve ser principal preocupação do corredor após prova (Foto: Lucas Loos / Globoesporte.com)
Mesmo se você não sentir dor imediatamente, poderá sentir depois e aqui estão algumas lesões cientificamente comprovadas que ocorrem:
Músculo Esquelético:
Os danos causados aos músculos das pernas durante uma maratona induzem à inflamação e, em alguns casos, à necrose das fibras musculares, prejudicando a força e a durabilidade. Estudos deixam claro que os músculos ficam, sem dúvida, enfraquecidos e precisam derecuperação extensiva antes de voltar aos treinos, e a necessidade do tempo de inatividadese aplica a qualquer segmento de treinamento árduo.
Danos celulares:
Os danos celulares pós-maratona são mais bem medidos pela presença e produção de creatinina quinase (CK) - um marcador que indica os danos do tecido ósseo e do miocárdio (CK-MB) - e aumento dos níveis de mioglobina no fluxo de sangue.
Um estudo concluiu que os danos CK persistiram mais de sete dias após a maratona, e a presença de mioglobina na corrente sanguínea durou de três a quatro dias depois da corrida. Isso indica claramente que o corpo precisa de descanso depois de uma competição para se recuperar totalmente do dano celular causado pelo esforço físico.
Ao contrário da dor muscular, os marcadores de treinamento duro e corrida nem sempre são perceptíveis. Por isso, o corredor precisa ter tempo de inatividade após uma maratona, mesmo que não sinta dor.
Sistema Imunológico:
Nosso sistema imunitário fica severamente comprometido após a execução de 42km, o que aumenta o risco de contrair a gripe, resfriados, outras viroses e doenças oportunistas. Portanto, ignorar um período de descanso tão necessário pode atrapalhar significativamente seus objetivos a longo prazo, já que uma doença oportunista pode se instalar.
O descanso não vai impactar negativamente na forma física. Não é difícil convencer um corredor de que uma maratona é difícil para o corpo. No entanto, é bem diferente convencer o mesmo corredor de que tirar de sete a 10 dias de folga para descansar e se recuperar de seu esforço não vá interferir na sua aptidão.
O VO2 máx., capacidade máxima de um indivíduo para transportar e utilizar o oxigênio durante o exercício, é uma das melhores medidas de aptidão física de um corredor, é a base mais útil para comparar o efeito do destreinamento sobre o sistema aeróbio.
Estudos recentes mostram que há pouca redução no VO2 máx. (1% a 3%) nos primeiros seis a sete dias de inatividade em corredores bem treinados. Além disso, mesmo após duas semanas de inatividade, estudos mostram que o VO2 máx. diminui apenas 6% e, felizmente, essa ligeira redução da aptidão é fácil de recuperar.
A maioria dos treinadores e corredores de elite sugere uma semana de folga depois de uma maratona, podendo fazer trotes leves ou até mesmo caminhadas. Depois de uma semana de folga, o treinamento deve ser muito leve por duas semanas pós-corrida. Pode soar como excesso de cautela, mas a progressão a longo prazo permite que o corpo se recupere e fique totalmente descansado para o treinamento seguinte.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
card ana paula simões (Foto: arte Globoesporte.com)

domingo, 26 de janeiro de 2014

Meu Primeiro Texto como blogueiro do Jornal Corrida

Que correria!

Imagem2
COMO ESTE é meu primeiro post, começo me apresentando: meu nome é Paulo, tenho 34 anos, sou médico, casado e o esporte é minha vida. Mas o que mais me fascina é ver pessoas mudando suas vidas e saindo do sedentarismo e da obesidade. Esse “insight” para mudar, dar um virada de 180 graus e criar uma nova vida é o que procuro diariamente. Buscar ferramentas para as pessoas se reencontrarem e retomarem as redeas de suas vidas, assim como eu fiz em setembro de 2011 quando pesava 112kg e passava meus dias totalmente de “mal com a vida”.
Posso afirmar que 21 quilo e meio a menos depois os desafios não diminuíram, nem se findaram; tomaram novas formas e ficam cada vez mais emocionantes. Atualmente estou treinando para fazer minha primeira maratona, dia 12 de janeiro de 2014, na Disney. Como todo mundo eu trabalho, tenho família, contas a pagar, chefe, mau humor, cansaço…Mas meu grande desafio é conciliar minhas 72h/semanais de trabalho com meus treinos, musculação e fisioterapia e ainda dar atenção à familia, amigos e meu projeto de vida que é o Projeto Carcará by FFF .
No domingo da Maratona de São Paulo, 6 de outubro passado, acabei machucando minha panturrilha e, apesar de triste, esse fato talvez tenha sido o mais importante para meu treinamento. Eu me senti no fundo do poço, tinha pouco tempo, precisava me reabilitar, melhorar na musculação, para depois voltar a correr e assim aumentar o volume de treinamento necessário para a maratona. Sentei com meu técnico, convidamos um fisioterapeuta e planejamos minha recuperação. Precisei abrir mão de tentar fazer um bom tempo ou digamos um tempo digno. Optei por concluir a prova sem quebrar, sem a necessidade de ir ao hospital (como paciente) ao final da prova.
E lá fomos nós: fisioterapia 3 vezes por semana, musculação 3 vezes por semana, manter a dieta para perder peso e assim não não sobrecarregar minha musculatura e articulações na hora da corrida. Medo, tive muito medo de não conseguir, de não dar tempo, de voltar e quebrar novamente. Mas com uma correta avaliação, correção postural e muitas sessões fisioterápicas, voltei a correr oficialmente em 3 de Novembro nos 10k do Circuito Athenas, sem me preocupar com o tempo – o mais importante era correr sem dores, apesar do medo de quebrar.
Depois disso o volume de treinamento começou a subir…longos de 12k, 15k, 18k, 20k e 30k, taí uma coisa que eu acho que todo ser humano deveria ter a experiencia em passar: correr 30k! Nesse dia eu disse aos amigos mais próximos: Quase vi Jesus! Chega um momento que você não senti as pernas e a luta é contra si próprio, contra seu corpo, contra sua mente. Algo fala que não vai conseguir, mas tem uma coisinha lá no fundo, acredito que no coração que fala que: SIM você CONSEGUE!! Então você corre, corre, chora, corre, sorri, fala alto consigo mesmo e quando vê GPS que você conseguiu, a sensação é maravilhosa! Alegria, alegria de nascer de novo e superar a preguiça, cansaço, dores e tudo mais. Nesse momento tudo vale a pena, faz sentido: acordar cedo, trabalhar 12h e sair para correr às 20h30h, chegar às 22h sabendo que no outro dia terei mais 12h de trabalho iniciando às 7h! Ser feliz vale a pena, ser feliz vale todo esforço!
Corri no Natal e corri no Ano novo, dia 12 tá chegando, e será um grande passo, um passo para um grande sonho, mas isso eu conto em outro momento…
“Preciso voltar ao mundo ou pelo menos continuar tentando” – As Aventuras de Pi
Bons treinos, muitos Km e cada dia menos Kg.
assinaturaPaulo Brasil Júnior é médico, casado, ex-obeso, sonha em ser atleta e acredita que o esporte é uma das bases fundamentais para transformar indivíduos e a sociedade. Em 2014 iniciará sua carreira em provas de longa distância e endurance. Escreve também em seu blog pessoal “De médico, gordo e atleta”.
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Primeiro texto Pós-maratona

Agora faço idéia do que seja uma maratona, quiçá fossem apenas os 42.195m, é muito mais que isso! No começo você acha que morreu, depois vc tem certeza que morreu mas aí...Aí não sei se entra uma parte do cérebro adormecida ou do coração ou ambos mas você começa a lembrar de tudo que passou, lembrar de todos que contribuíram para você estar ali: esposa , família, amigos, amigos do trabalho, meus chefes. 

Então vc renasce, mas nesses corpo só tem coração! Corri com coração, conversei com o corpo e pedi perdão a ele e lá ele me deu um restinho de energia. Meu trabalho de parti durou 6:08h, meu pace, minha corrida, meu melhor, dei minha vida e os Deuses da corrida me presentearam com uma nova. Hoje sou um novo Paulo. Paulo, o maratonista!!

Matéria do site O2 sobre minha história de luta contra a obesidade e meus ideais

Antes e Depois: médico mais magro

Paulo Brasil estava obeso e resolveu perder 20 kg com a corrida. Hoje, já corre até maratonas
A corrida mudou a vida de Paulo Brasil - Foto: Arquivo pessoal

Algumas famílias sofrem da “febre olímpica”: pai, mãe e filhos não saem do clube e estão sempre praticando atividades físicas em busca de uma vida mais saudável. Assim era a família do médico Paulo Brasil, 34, de Mogi das Cruzes (SP). “Praticávamos tênis, futebol, canoagem, vôlei, entre outros esportes”, lembra. Quando fez 20 anos – com 82 kg –, ele entrou para a faculdade de medicina e começou a engordar. “Adquiri péssimos hábitos alimentares e comecei a beber.” Em pouco tempo, Brasil engordou 10 kg, chegando a 92 kg. Depois, após se formar e casar, ganhou mais 20 kg, atingindo a marca de 112 kg, em 1,79 m. Com a corrida e algumas mudanças em sua rotina, o médico já eliminou 20 kg em pouco mais de um ano e quer mais.
A gota d’água para que Brasil decidisse emagrecer foi em uma brincadeira com os sobrinhos. “Disse que ia brincar com eles [os sobrinho] no gramado do quintal e uma pessoa da família falou que eu não conseguiria”, explica. “Contei sobre o meu passado mais magro e com muita atividade física e a pessoa riu de mim.”
Depois daquele dia, procurou uma academia. “Lá, me passaram aquele treino ‘feijão com arroz’, mas como médico, decidi buscar mais informações sobre exercícios para perda de peso.” Assim, a corrida entrou para a vida de Brasil. Porém, o começo não foi nada animador. “Nas minhas primeiras tentativas, sofria de uma dor absurda nas canelas.” Ele sofria de canelite, dor comum entre os corredores. Isso não foi obstáculo. “Me cuidei e continue firme.”
Aos poucos, o médico foi se descobrindo no esporte e nos fatores que influenciavam para uma boa corrida. “Notei, por exemplo, que ao comer feijão no jantar, eu treinava muito mal na manhã seguinte.” Suas leituras sobre corrida passaram a incluir informações sobre nutrição e ele também consultou um profissional para regular o seu cardápio.
Os treinos no começo era totalmente baseados nessas leituras e informações que Brasil colhia. “Com o tempo, vi que uma assessoria é fundamental para evoluir.” Hoje, seu treinamento é seguindo uma planilha orientada por um profissional. Ele corre quatro vezes por semana, além de praticar musculação e, de vez em quando, pedalar e nadar.
Em um ano e quatro meses, Paulo viu os 112 kg passarem para 92 kg. “Meu primeiro objetivo foi superado, pois queria segui uma planilha para perder um quilo por mês, sair da obesidade nível dois e atingir o sobrepeso.” Agora, seu objetivo é maior. “Quero eliminar mais 7 kg e chegar aos 85 kg.”
No último domingo (12), o médico completou sua primeira prova de 42 km: a Maratona da Disney, em Orlando, nos Estados Unidos. “A corrida é uma filosofia de vida, um modo de encarar o dia a dia e saber lidar com as dificuldades”, garante Brasil. “Esse esporte me fez retomar a saúde e as rédeas da minha vida, agora com novos alvos e novas visões.”
Em 2014, começará a fazer pós-graduação em medicina esportiva, que ele fará ao mesmo tempo que se especializa em nutrição. A corrida mudou a aparência física, a saúde e até a carreira profissional. Brasil tem um blog, onde fala sobre sua luta para perder peso e outras informações para quem quer seguir seus passos. Ele também é um dos fundadores do Projeto Carcará, que reúne pessoas do Brasil todo com o intuito de emagrecer com a ajuda de amigos em uma rede social.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Maratona Disney, informações e minha opinião

A semana esportiva Disney é um evento ideal para o iniciante e para o mais avançado no mundo da corrida. Contempla várias provas com as mais diversas distâncias agradando a todos os gostos e com um tempero especial: uma super organização! Aqui todos se sentem especiais, todos são tratados como campeões já que em essência todos são campeões.







O local de entrega do kit, é um complexo esportivo da ESPN, local fantástico com
Ótimo acesso para quem vai em qualquer meio de transporte. Uma infinidade de voluntários super solícitos nós ajudam em qualquer tipo de dúvida mesmo que nosso inglês seja precário. Após a entrga do kit não deixa de visitar a expo do evento, muita variedade e ótimos preços lá você pode perder várias horas de muita alegria.






As provas são de uma organização absurda, um respeito ao atleta que as vezes constrange. Tudo milimetricamente planejado. Pontos de hidratação abundantes, isotonicos, tudo em copo de descartável em papel reciclagem, barrinhas, géis, gelol, parafina, paninho embebido com água gelada para refrescar, gelatinas além de várias espectadores que nós oferecem frutas e biscoitos. O percurso da maratona que foi a prova que fiz é recheado de atrações o que torna o desafio mais palatável mas não menos desafiador, passamos por todos os parques da Disney, com saída da primeira baia as 5:35h em ponto e com distancia de largada de cada baia a casa 3 min. Fantástico!















A chegada é em outro ponto próximo a largada, no epcot center, e vc persegue aquele globinho assim que entrar no parque.
A prova é maravilhoso, ano que em voltarei, foi a melhor prova da minha vida, local mágico, acolhedor, que influenciou diretamente na superação do meu objetivo. Guardo cenas e emoções dessa prova na mente e coração e tenho certeza que jamais esquecerei. Tudo vale a pena pelo sonho ainda mais num local que valorizam e respeitam seu sonho.